Como cometer gafes em entrevistas
Conto aqui: de repente - não mais que de repente 🙉, uma agência de comunicação pergunta se posso participar de três entrevistas. Como todo escritor que se preza, aproveito toda e qualquer oportunidade para mostrar meu livro. Disse sim, claro.🙈 Afinal, vivemos no país onde governantes querem a todo custo boicotar livros. Se os próprios autores não divulgam, fica difícil. Só que... as entrevistas eram para o dia seguinte. Bom, Luiza, você nunca fugiu da raia, não vai ser agora, não é? Claro que não, deixo isso e aquilo pra depois. Ah, tem uma gravação de três minutos, essa é fácil, vamos lá. Pá, pá, pá... quase cinco minutos. Outra vez: pá, pá, pá... passou de quatro minutos. Depois de alguns pá, pá, pá... ufa! Consegui, até faltou um pouquinho para os três minutos. Tenho que enviar até às 11:00 de amanhã. Mas às 11:00 vai ser a entrevista com a... Envio antes. Ainda tenho tempo pra fazer o “media training” (treinamento, preparação para lidar com a mídia) - é, gente, fiz jornalismo digital e também faço o curso da @lcagcomunicacao...
Dia seguinte, 11:00: tudo certo, entrevista feita, tudo nos conformes. Parodiando a música funk... gravação, ok; entrevista, ok. A outra entrevista vai ser só às 17:10. Dá tempo pra tirar a roupa da máquina esquecida desde ontem e terminar os arranjos com os musgos já retirados da calçada, senão vão secar.
17:00: Meu Deus, não fiz nada para essa entrevista 🤭
- Calma, é ao vivo, mas tá tudo bem. E se quiserem fazer com imagem? Claro que não, é para uma rádio. Mas, porém, todavia... ligo meu ring light e deixo o computador a postos em minha frente para o caso, né? Celular no ring, fones de ouvido...
“Alô Luísa, é a Maria, tudo certo para a entrevista?” “Oi Maria, tudo certo.” “Estamos terminando uma entrevista e logo entramos com você.” “Ok, Maria, obrigada, estou pronta.”
Alguns minutos depois: “Oi, Luísa, você já vai entrar.” “Sim, Maria.”
Como foi a gafe da entrevista
A entrevistadora começa: “Estamos com a escritora... (...) Bom dia, Luísa!“ “Bom dia, Maria! Bom dia ouvintes da rádio...”
E depois de muitos “Sim, Maria...” “Exato, Maria... e “patati patatá, Maria”, a apresentadora, sorrindo, diz: “Ô Luísa, não é a Maria, eu sou a...” Digo rápido: “Desculpa...” “Realmente você falou com a Maria, ela que avisou sobre a entrevista, ela é a produtora...”
Gente, gente, caí a cara de vergonha. Era uma querida e conhecida apresentadora. Super gentil, ela continuou a entrevista como se a doida aqui pertencesse ao mundo normal 🙈.
Pois é gente, isto é que é dar uma bela entrevista (sqn).
Assim, entre escrita, textos e mais textos, afazeres extras, trabalhos do dia a dia e alguns tropeços, os autores brasileiros seguem abrindo o caminho da leitura. Graças a Deus, na companhia e incentivo de jornalistas que lutam e batalham para que notícias e livros cheguem para todos.
Neste Dia do Trabalhador, desejo a todos os trabalhadores o direito à leitura e à informação, para que continuem na luta por uma vida cidadã e digna.
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Entrevistas de abril sobre o livro Balbúrdias na Quarentena:
1- Vídeo da entrevista do dia 13/04/2021 com a querida e conhecida apresentadora Pity Búrigo, do programa Ponto a Ponto, de Criciúma, SC. O áudio do vídeo, devido à edição que fiz, ficou com falhas. Editei para adequar ao tamanho aceito pelo blogspot.
2- Vídeo de uma outra entrevista feita no mesmo dia, para a CBN:
3- Entrevista para a BandNews de Goiânia. Repórter: Andreia Nikely. Cortamos o vídeo para ficar com o tamanho adequado ao blogger: