quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Nuvens em um Entardecer

Foto feita na estrada entre Goiânia e Brasília, no finalzinho de uma tarde com chuviscos e um arco-íris já indo embora. 

Estávamos voltando de Goiânia, já perto de Brasília. De repente, depois de uma curva, vimos um céu colorido, apesar do tempo fechado. Um chuvisco ralo caía. Um arco-íris lembrava a promessa de Deus de que a terra não seria mais destruída com água*. Paramos o carro e eu desci, pronta para registrar mais um momento lindo. Fiz pouquíssimas fotos. Primeiro do arco-íris. Como já estava escurecendo, só podíamos ver uma parte dele, bem à nossa frente. Olhando para a direita, percebi algumas nuvens coloridas pela luz do arco-íris. Pareciam pedaços de algodão iluminados por faíscas de uma fogueira. Cliquei apenas duas ou três vezes... As nuvens escuras invadiam rápido o céu...

As fotos do arco-íris serão postadas amanhã.

O Multivias completou, no mês passado, três anos no ar. Portanto estamos em nosso quarto ano tentando mostrar que a vida pode ser bem mais bonita que aquela que às vezes lamentamos ter. A vida ao nosso redor segue com a magia de sempre. É só aprender a olhá-la com o coração.

Para comemorar esse tempo caminhando junto com você, este blog abre mais uma via. São tantas fotos! Por que não compartilhá-las com você?

Esta nova via ainda está sem nome. Quer me ajudar a escolher? Que nome você propõe? Conto com você!

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terça-feira, fevereiro 22, 2011

Via Natureza: Quaresma com Quaresmeira





Fotos feitas em Goiânia.

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segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Via Verde: Tulipa-africana, Bisnagueira ou Xixi-de-macaco

Tulipa-africana ou bisnagueira - As flores lembram tulipas e os botões parecem bisnagas.



Lateral de uma flor da bisnagueira - Atrás: tronco da árvore

Flor da bisnagueira. Notaram o que está dentro, se deliciando com o mel da flor? 

Destacando as folhas...

Galhos floridos

A bisnagueira é uma árvore que pode atingir até 25 metros, mas, de acordo com a região, geralmente mede entre 7 e 15 metros.

Mudinha de bisnagueira
Xixi-de-macaco? Por quê? Compreenda vendo as fotos.

As crianças - de 8 a 80 - costumam brincar com os botões da bisnagueira assim:
Retiram um botão... 

Cortam a pontinha dele...

... e um líquido transparente começa a jorrar...  

...como um xixi... 

Tulipa-africana, bisnagueira, xixi-de-macaco, tulipeira-do-gabão, chama-da-floresta (Spathodea campanulata). Família das bignoniáceas. As flores lembram tulipas e os botões parecem bisnagas, daí esses dois primeiros nomes. Originária da África tropical, adaptou-se muito bem ao clima do Brasil. Aqui em Brasília é vista em todos os lugares. Está nos parques e em quase toda quadra. Atrai abelhas e pássaros, principalmente os beija-flores.

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Estamos recebendo emails de amigos relatando problemas com a postagem de comentários. Segundo eles, está muito difícil postar algum comentário desde que mudamos o layout do blog. Estamos verificando como devemos fazer. Obrigada pelo alerta  e uma divertida semana - com ou sem xixi-de-macaco...

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segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Via Verde: Jambo, Uma Frutinha da Cor do Brasil

Os jambos aparecem aos montes...

...coladinhos nos galhos do jambeiro.

Jambos caídos debaixo de um pé de jambo.

Jambo

Jambo cortado ao meio

Cortamos em três, para melhor mostrar a polpa.

Um jambeiro

Jambo, jambeiro.  Podemos degustar o jambo-rosa (Syzygium jambolana), o jambo-branco (Syzygium jambos) e o mais apreciado, o jambo-vermelho (Syzygium malaccensis). Pertencem à família das mirtáceas, a mesma família da goiaba, da pitanga, da jabuticaba e tantas outras frutas brasileiras. As mirtáceas (Myrtaceae) têm como uma de suas principais características a produção de óleos essenciais aromáticos, sendo o eucalipto a planta mais conhecida desse gênero.  

O jambeiro da foto está na calçada de uma casa perto de nossa rua.

Pesquisando sobre as mirtáceas, soube que em Portugal há uma pequena fruta bastante apreciada, com flores cheirosas, conhecida como murta ou mirto (Myrtus communis), também pertencente a esta família. Foi aí que me lembrei das deliciosas myrtilles que conheci na França. Existe até uma famosa geleia de myrtille, por sinal muito gostosa. Se a portuguesa for a mesma francesa, deve ser mesmo uma gostosura. 

O post da semana passada foi sobre uma frutinha que queremos muito saber seu nome. Adquirimos a muda como se fosse jambo. Estamos tentando descobrir. Se você puder nos ajudar, por favor, veja as fotos e entre em contato conosco através dos comentários. Obrigada e uma ótima semana!

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segunda-feira, janeiro 31, 2011

Via Verde: Pequena, Vermelha e Adocicada: Que fruta é essa?

Galhos com frutos maduros e amadurecendo.

Há alguns anos compramos uma muda de uma planta que diziam ser jambo. A plantinha foi crescendo e cada vez ficando mais diferente de um jambeiro. Quando começou a frutificar vimos que era uma fruta que não conhecíamos. O pior é que ninguém da vizinhança conhecia. É pequena, tem mais ou menos um quarto do tamanho de um jambo, vermelha e adocicada, quando madura. Você sabe que frutinha é essa?

Árvore com tronco e galhos finos.


Formato das folhas e frutinhas amadurecendo.


Que fruta é essa? 
Retiramos a pele de uma delas para mostrar a polpa.

A pele é bem fininha...



Cada uma das frutinhas possui duas sementes, parecendo uma semente dividida.


Duas frutinhas ao lado de um jambo.


Essa  foto foi feita ontem, domingo, após a colheita.

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quinta-feira, janeiro 27, 2011

Via Natureza: Imagens da Mata - II



Vamos refletir?

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terça-feira, janeiro 25, 2011

Via Natureza: Imagens da Mata - I




sábado, janeiro 22, 2011

Via Natureza: Região Serrana do Rio de Janeiro

Uma borboleta procurando pouso...

Como a grande maioria dos brasileiros, ainda estou abalada com a tragédia provocada pelas chuvas na região serrana do Rio. Procuro analisar e compreender o porquê de tantas mortes. O que foi fatalidade e o que foi descaso do poder público.

Até o momento em que aqui escrevo já se contabilizam 785 mortos, de acordo com a Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado, sem se contar as 400 pessoas desaparecidas. As desabrigadas e as desalojadas ultrapassam 9.800, entre Petrópolis, Nova Friburgo e Teresópolis. Sem roupas, móveis e, pior, sem um teto para morar. E aqueles que perderam seus filhos? Ou pais, cônjuge...  É difícil até mesmo para quem tem uma ótima estrutura psicológica. Muitos perdem a própria identidade, tamanha é a dor. Já pensou perder tudo, materialmente falando, e ainda perder a família?

Se estamos tão chocados apenas por saber e ver através da mídia, como estarão aquelas crianças que, de repente, ficaram órfãs? "Quero minha mãe", uma grita, "onde está meu pai e minha mãe?", outra chora. Se são cenas chocantes para quem está a quilômetros de distância, imagine o que é para esses nossos irmãos desabrigados. Sem moradia, na casa de amigos ou familiares ou em abrigos improvisados e ainda muitos deles também com o coração em luto pela perda de um ou mais membros da família ou mesmo à procura de algum parente ou amigo. Não consigo nem mesmo encontrar uma palavra para definir tanta tristeza.

Não queremos aqui encontrar culpados. Apenas lembramos que, se há pessoas que se arriscam morando em encostas, é porque não têm um lugar melhor para morar, não tiveram informação suficiente sobre os riscos que correm, são tratados e vistos à margem da sociedade,  não tiveram a oportunidade de educação e vida necessária ao desenvolvimento da cidadania, faltou uma infraestrutura adequada a cada lugar e muitos outros motivos que deveriam estar entre as prioridades dos governos estaduais e federal.

Mas, há também ricos entre as vítimas, você está dizendo. Sim, existem pessoas que moram na Região Serrana do Rio de Janeiro - ou que lá possuem uma segunda residência - pela beleza do local. Falta de informação sobre os riscos? Não sei. Porém, você deve concordar, não é dever do Estado proteger todos seus cidadãos? Por que só agora vai haver um monitoramento das chuvas e um possível alerta de riscos, sendo que todos os anos acontecem enchentes e deslizamentos, matando centenas de brasileiros? Lembra do que aconteceu em Santa Catarina em 2008?

Foi necessário que a comunidade internacional 'lembrasse' o Brasil sobre os problemas de segurança do Rio de Janeiro, que comprometeriam a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, para que o governo unisse forças para a retomada do Complexo do Alemão, expulsando de lá os traficantes. Foi também por críticas de outros países sobre a modo com que o governo brasileiro cuida das comunidades que moram em zonas de risco, que, parece, vai ser feito algo. Quando nosso país olhará mais seriamente para seu povo?


Borboleta encontrando seu lugar na natureza.


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Veja no blog coletivo Terra, aquele abraço! o post "Para nossos irmãos da região serrana do Rio de Janeiro".

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terça-feira, janeiro 11, 2011

Via Verde: Sob a Sombra de um Jenipapeiro

Sob o céu azul de Brasília, à sombra de um jenipapeiro, Gilvany trabalha. Acorda cedo, prepara café, leite bem quentinho e sucos diversos - de maracujá, de caju e dos jenipapos que por vezes ela encontra, caídos debaixo do pé de jenipapo, como se estivessem à sua espera.

Gilvany enche caixas de isopor com pão de queijo, beiju de tapioca e bolos cortados em pedaços. Assim, cheia de delícias, com um jaleco imaculadamente branco, ela fica, todos os dias, ao lado de um ponto de ônibus; expõe carinho e guloseimas, em uma mesa com toalha branca.

Os fregueses chegam e Gilvany, entre um sorriso e outro, atende a todos.

Gilvany salta da cama antes do nascer do sol. Depois de preparar seu ganha-pão, deixa seus filhos na escola e corre para o trabalho, onde fica todas as manhãs. Na parte da tarde ela se organiza para a manhã seguinte, enquanto prepara o básico para a sobrevivência de sua família.

Gilvany representa as brasileiras e os brasileiros - milhões deles! - que saem de segunda a sábado para um trabalho informal. Um trabalho sem férias, décimo terceiro ou qualquer outro direito trabalhista.


Sob o céu azul de Brasília, à sombra de um jenipapeiro, Gilvany trabalha. Acorda cedo, prepara café, leite bem quentinho e sucos diversos - de maracujá, de caju e dos jenipapos que por vezes ela encontra, caídos debaixo do pé de jenipapo, como se estivessem à sua espera...   

 Enche algumas caixas de isopor com pão-de-queijo, beiju de tapioca e bolos cortados em pedaços. Assim, cheia de delícias, com um jaleco imaculadamente branco, ela fica, todos os dias, ao lado de um ponto de ônibus; expõe carinho e guloseimas, em uma mesa com toalha branca.       

Os fregueses chegam e Gilvany, entre um sorriso e outro, atende a todos.  

Copa do jenipapeiro...

Galhos com jenipapos...

Nesta foto podemos ver o formato das folhas, os galhos e dois jenipapos...

O jenipapo da esquerda ainda está em fase de maturação. Os outros dois já podem ser consumidos; foram encontrados por Gilvany debaixo do jenipapeiro. Ela gentilmente me cedeu para essas fotos.

Um jenipapo cortado ao meio...

Polpa do jenipapo. Para um suco cremoso é só misturar leite e açúcar. Bater ou não no liquidificador.


.Jenipapo, fruto do jenipapeiro. Pode ser consumido in natura e de mil outros modos, como por exemplo, em doces, compotas, refrescos e sucos, além de vinho, vinagre, cachaça e licor. Quem nunca experimentou o famoso licor de jenipapo feito em Goiás? Quando ainda verde, seu suco é um corante utilizado em tinturas para tecidos, objetos de barro e, pasmem, em tatuagens. 
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