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domingo, fevereiro 07, 2016

Via Vida: Um Leque




Um leque. Uma moça com um leque. Uma moça, tatuada e com um leque. Uma moça, em um ônibus, tatuada e com um leque. Uma moça, em um ônibus, sentada em minha frente, com uma tatuagem e um leque.

A moça do ônibus não sabe. Ela não sabe que seu leque passageiro trouxe lembranças de outros leques. Muitos leques. Estilos diferentes de leques. Orientais, nacionais, de tecidos, rendas e até em forma de abano, feito com palha de coco.

Foi em setembro, naqueles dias de muito calor. Em setembro, uma moça, no ônibus, um leque balançava. O leque, acenando, ia e vinha. Cenas flutuavam no vai e vem do sopro do leque e lembranças evocavam. O sopro do leque se fez brisa e a brisa me levando me fez voar. Eu voando, no vai e vem do leque, vi. Eu vi!

Vi minha mãe sentada com seu leque azul. Com seu leque rosa rendado. Com seu leque lilás. Com seu leque-abano, feito com palha de coco. Com seus muitos leques minha mãe se abanava e o sopro da brisa acariciava sua face suave.

A moça do ônibus balançava seu leque, mas a mão já não era sua. Minha mão balançava o leque. Minha mão, indo e vindo, desenhava sorrisos no rosto amado de minha mãe. Vi outras mãos - de minhas irmãs, de minha filha... Outras mãos iam e vinham, abanando, abanando. Abanando e refrescando o tempo de minha mãe no tempo conosco vivido. 

Vai e vem; vem e vai. O vai e vem do leque é o tic-tac do relógio. No ritmo. O significado, a essência, é diferente. O leque leva o tempo em brisas que passam de cá pra lá, de lá pra cá. O relógio leva o tempo pra lá. Pra lá, pra longe. O relógio diz que vai pra lá e pra cá, tic-tac, tic-tac, mas o tempo do relógio só vai. O tempo do leque é o sopro do vento. Ele vai pra lá e volta pra cá. 

Eu vi. Vi o leque de minha mãe. A moça do ônibus, sentada em minha frente, tinha a tattoo de um pequeno pássaro voando. A moça do ônibus o tic-tac levou. O passarinho, no tempo da brisa do leque, voando, voando, um segredo me contou. O segredo do amor o passarinho me contou e um leque em minha mente tatuou. Um leque colorido o passarinho tatuou. Colorido com todas as cores, como as lembranças vindas no vai e vem das brisas do sopro do tempo do leque.

Eu vi. Vi o leque de minha mãe. E com o segredo de amor, o leque em mim tatuado ficou.


Minha filha com catorze anos fazendo pose com o leque-abano de sua avó
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Miniconto baseado em fatos reais.

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quarta-feira, janeiro 13, 2016

Via Versos: Revendo Leminski

Revendo Leminski

Como passar uma tarde chuvosa
num estranho mês de dezembro? 
Ouvindo a música de uma estranha poesia?

Para acostumados ouvidos
com dó ré mi
ouvir lá sol fa é sair de si

O lá é sol é mi é si
Perfeito para o agora do hoje
é Paulo Leminski

Nota: Inspirada nos poemas 
de Paulo Leminski (Toda Poesia), escrevi Revendo Leminski. Postei no Facebook em dezembro passado. Abaixo, trechos do livro:









Capa e algumas páginas:











LEMINSKI, Paulo. Toda Poesia: Leminski 70 anosCompanhia das Letras, 2014, 424 pp. Obra completa do autor e um apêndice com textos sobre Leminski, de vários autores, nesta ordem: Haroldo de Campos, Caetano Veloso, Leyla Perrone-Moisés, Paulo Leminski, Alice Ruiz S - dois textos e Wilson Bueno. Li o livro em dezembro de 2015.

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terça-feira, novembro 10, 2015

Via Mensagens: Aprender para Ser II




Plantando orquídeas em nossos corações - Da série "Aprender para Ser".

Para você, amigo/amiga que por aqui passa, essas sete cestas de orquídeas para que você plante amor, carinho, afeto, ternura, gratidão e afeição no coração de pessoas queridas que, muitas vezes necessitam apenas de um olhar doce e de uma palavra amiga.  







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Fotos feitas em uma exposição de orquídeas no Jardim Botânico de Brasília.

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segunda-feira, setembro 14, 2015

Via Mensagens: Aprender para Ser

Iniciamos hoje a série Aprender para Ser. São pequenas mensagens editadas em fotos. Elas farão parte da Via Mensagens. Espero que gostem e também que sejam úteis como forma de comunicação entre amigos.












Confira outras mensagens em fotos clicando em Via Mensagens, logo aqui embaixo.

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sábado, agosto 29, 2015

Via Natureza: Brasília em Agosto

Brasília em agosto é um caos. A umidade do ar é tão baixa que os hospitais ficam lotados, principalmente de crianças e de idosos. Suas quadras, sonho de todos que gostam de andar entre belas paisagens, ficam vazias. Só podemos nos arriscar muito cedo, antes de 7:00 horas ou depois das 17:00 h. Fora desse horário é quase impossível, tamanha a secura desta parte do planalto. Bem pensaram seus fundadores ao criarem o Lago Paranoá em volta de todo o Plano Piloto.

Ontem no finalzinho da tarde fizemos uma pequena caminhada. Registramos em fotos como a seca transformou a vida de nossa cidade. Vimos a resistência das flores do ipê-amarelo a sobressaírem por entre o cinza da paisagem morta. Não por acaso ele é o símbolo do Brasil. É tão resistente quanto nós, brasileiros; mais adiante é uma mini moita de relva que insiste em brotar e florir; alguns passos depois a beleza da flor ave-do-paraíso nos encanta. Elas não estão nem aí para o clima seco do cerrado. 
Água, água! Por favor chuva boa, venha logo. Como precisamos de ti!

O ipê-amarelo sobressai entre a paisagem seca

Céu cinza e árvores à espera de uma chuva que não vem

A grama antes toda verde, agora totalmente seca

Alguns jardins continuam verdes em contraste com a paisagem seca das quadras 

Folhas secas por toda Brasília

A relva insiste em brotar e florir

A flor ave-do-paraíso continua bela; não está nem aí para a grama seca à sua volta

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sábado, maio 02, 2015

Via Artesanato: Arranjos Florais com Orquídeas



Amo orquídeas, acho que por isso não vacilei em clicar para nosso blog esses arranjos que vi em uma floricultura daqui de Brasília. Veja se você também gosta.





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Temos, até o momento, vinte e nove postagens sobre orquídeas. Veja, abaixo, através do marcador Orquídeas
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segunda-feira, fevereiro 23, 2015

Via Verde: Lírio-da-pérsia






Hoje deixo esse lírio e seus botões, sem muitas palavras. Valem por sua beleza. É o chamado lírio-da-pérsia.

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terça-feira, fevereiro 03, 2015

Via Artesanato: Colagem em Telhas


Restos de construção sobrando? Alguma telha? Telhas ficam um charme para a decoração de cozinhas e salas de jantar. Esta colagem eu mesma fiz usando recortes de jornais e revistas velhas. Recortei uma receita de sopa de ervilhas e várias figuras que poderiam combinar. Antes de colar fui testando os lugares. Quando combinaram entre si, colei com cola branca, rótulo azul. Aproveitei a mesma cola para 'envernizar'. Passei várias camadas sobre a colagem. Com criatividade podemos dar cara nova a materiais que não mais utilizamos ou aproveitar as sobras, por exemplo, de uma construção e transformá-las em objetos decorativos, como o das fotos.



sábado, agosto 23, 2014

Via Natureza: Crescimento de um Ipê do Cerrado

Ipê bebê em 2012
Neste post, as fotos falam por si mesmas.


Ipê-amarelo do cerrado em agosto de 2012

O mesmo ipê este ano - foto feita domingo passado

O ipê em agosto de 2014 - Está bem maior



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As fotos abaixo foram feitas ontem. Nesta época do ano é assim, o amarelo do ipê colore o céu e o chão de Brasília.

Ipê-amarelo

O céu e o chão de Brasília coloridos de amarelo


Veja mais postagens sobre os ipês do cerrado, neste blog, através do marcador Ipê logo aqui embaixo.

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