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anos 80. Isto quer dizer que estava lá exatamente durante o iniciar e o
fervilhar da revolução iraniana. Vi a saída, ou melhor, a fuga do Xá Reza
Pahlevi e a chegada triunfal do Ayatollah Khomeini. Fui a única brasileira
residente em
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quarta-feira, agosto 15, 2012
Via Vida: Futebol Diplomático
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Este blog ficou esquecido durante alguns anos. Como muitos blogueiros, fui navegar nas redes sociais. Estou de volta e quero contar novamente com sua participação. O resultado do abandono foi que agora estamos sem os muitos comentários de antes. Nossas postagens alcançavam milhares de pessoas, às vezes com mais de cem comentários. Felizmente o blog continuou com visitantes e, segundo a estatística do Blogger, já ultrapassou um milhão de visualizações - confira através da versão para a web. É um sinal de que nossos posts alcançam mentes e corações.
Agora, mais do que nunca, precisamos nos unir, compartilhando informações sobre o meio ambiente. As mudanças climáticas extremas, os furacões, os terremotos, as recentes chuvas de poeira, assim como a pandemia, não deixam dúvidas. São avisos da Terra gritando para nos alertar que ela não suporta mais tanta destruição. Conto com você, amiga/amigo que por aqui passa.
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Luísa Nogueira
domingo, junho 20, 2010
Via Verde: Uma Tromba-de-elefante para a Copa
Tromba-de-elefante, Dunga, África, Copa, Pelé...
A tromba-de-elefante planta é um agave poderoso, chamado agave-dragão. A tromba-de-elefante de nosso querido Dunga é também uma tromba dragão. De um dragão. Um dragão batalhador, guerreiro, que tá nem aí pra tudo que estão falando sobre ele. Treinos secretos? E daí? Ele está apenas tentando fazer com seriedade seu trabalho de técnico. Sem as lentes de fotógrafos aqui e ali.
Esta copa está resgatando e fazendo renascer um continente. Um continente que durante uma infinidade de séculos foi visto com preconceitos e desprezo por parte de muitos países.
É na África que está o resgate da dignidade humana. É na África que um povo inteiro luta por igualdade social e racial. É na África que ainda podemos ver leões, girafas e elefantes. Animais tão poderosos quanto o povo desse continente.
Esta Copa do Mundo de Futebol está mostrando ao mundo quem é seu verdadeiro rei. Pelé, na sua majestade, nem ouviu o que 'aquele que quer ser rei' falou aos quatro ventos. Ele apenas sorriu e passou.
Voltando ao Dunga... Ele não é o anão que dizem. Seu apelido, comentam, foi inspirado nos sete anões das histórias em quadrinhos. Achava que tivesse sido pelo Dunga, o elefantinho herói das histórias infantis. Sim, ele está mais, pela força, a um carruncudo elefantinho. Que está no país certo, na hora certa. Como o povo anfitrião desta Copa, ele é também um vencedor.
Dunga veste a camisa verde e amarela. Verde, de nossas matas, amarela, de nossa alegria, de nosso sol, de nosso ouro. Dunga é ouro.
Assim como Pelé será sempre rei, com copa ou sem copa, o Brasil será sempre ouro, com hexa ou sem hexa.
Tromba-de-elefante, agave-dragão (Agave attenuata). Família das amarilidáceas. É uma suculenta muito utilizada em paisagismo por seu porte exótico e grandioso. Nessa planta aparece uma haste longa, chamada inflorescência, com inúmeras minúsculas flores. Essa haste, longa e no início mais reta, vai pouco a pouco se curvando, ficando parecida com a tromba de um elefante. Daí seu nome. Veja as fotos, comparando-as: A segunda foto foi feita em abril do ano passado. As outras um mês depois: a 'tromba' já estava bem maior e mais curva.
Uma copa com muitas alegrias e muitos gols!
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Agora, mais do que nunca, precisamos nos unir, compartilhando informações sobre o meio ambiente. As mudanças climáticas extremas, os furacões, os terremotos, as recentes chuvas de poeira, assim como a pandemia, não deixam dúvidas. São avisos da Terra gritando para nos alertar que ela não suporta mais tanta destruição. Conto com você, amiga/amigo que por aqui passa.
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Luísa Nogueira
terça-feira, março 17, 2009
Via Postais: Recordações de um País Distante - II
Recordações de Um País Distante - II
Cartão Postal de Teerã, anos 80.
Não, não quero falar nem me lembrar de guerras, de mortes, de tristezas. Hoje quero me recordar de coisas boas, que afastam guerras e trazem Paz.
Quando cheguei ao Irã não sabia falar uma só palavra em farsi, a língua oficial daquele país. A ‘linguagem universal’ – a mímica – me socorria nas situações mais difíceis. Felizmente muitas pessoas sabiam falar inglês ou francês. Farsi é uma língua de origem indo-europeia. Muitos pensam ser de origem árabe porque, devido as invasões árabes sofridas pela antiga Pérsia, a língua escrita é em alfabeto árabe. O Irã possui várias línguas, sendo o farsi o idioma oficial. Não disse dialetos, disse línguas. No Brasil, por exemplo, há uma unificação em relação ao idioma. A língua portuguesa, com seus vários dialetos, (sim, dialetos!) é única em todo nosso território.
Cartão Postal de Teerã, anos 80.
Tendo trabalhado no Instituto Francês de Teerã, morei no Irã no final da década de 70 e início dos anos 80. Isto quer dizer que estava lá exatamente durante o início e o desenrolar da revolução iraniana. Vi a saída, ou melhor, a fuga do Xá Reza Pahlevi e a chegada triunfal do Ayatollah Khomeini. Fui a única brasileira residente em Teerã durante essa guerra civil. Não sei se a única residente em todo o Irã, mas em sua capital, Teerã, sim.
Eu, toda sorrisos, visitando as belezas iranianas |
Pili
Apesar da dificuldade de comunicação inicial, a ‘brasili’ – a ‘brasileira’ – era tratada como uma princesa saída do reino de “Pili”. Um reino de um país ensolarado chamado Brasil. Aonde chegava só ouvia “Pili”. Era Pili prá cá, Pili prá lá... No início sorria de volta, sem saber bem o que queriam dizer com “Pili”. Às vezes repetia sorrindo: “Pili, Pili”... Não demorei muito para descobrir: “Pili” era o amado e idolatrado Pelé. Sabia que nosso rei era conhecido internacionalmente, mas nunca imaginei que fosse tão popular entre os povos da Ásia, principalmente os do Oriente Médio. Alguns sorridentes iranianos acompanhavam o “Pili” com algumas sílabas impronunciáveis. E eu lá, somente sorrindo de volta, sem saber o que queria dizer aquela palavra tão difícil, pra mim, que nem mesmo ousava pronunciar, porque sabia que não conseguiria repetí-la. Com boa vontade para aprender uma língua tão diferente e difícil para nós brasileiros, tentava ouvir melhor cada vez que o som estranho chegava aos meus ouvidos. Por associação deduzi ser de um outro grande jogador, um brasileiro tão amado quanto Pelé, aquele das perninhas tortas que não errava um só chute. Sim, o nome impronunciável era “Garrincha”.
Era nosso futebol levando nas bolas chutadas com maestria o nome de nosso país. Um incrível futebol diplomático. Um futebol que abria portas e ultrapassava fronteiras, unificando esse mundão e retirando ‘as torres de babel’ por onde o brilho das bolas passava. Sim, um futebol diplomático, nota mil, como eram as boladas de Pelé e de Garrincha.
Que nasçam e vivam mais Garrinchas e Pelés, dando um exemplo de Paz através do esporte. Através do pipocar e do estourar de bolas.
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