Brasília em agosto é um caos. A umidade do ar é tão baixa que os hospitais ficam lotados, principalmente de crianças e de idosos. Suas quadras, sonho de todos que gostam de andar entre belas paisagens, ficam vazias. Só podemos nos arriscar muito cedo, antes de 7:00 horas ou depois das 17:00 h. Fora desse horário é quase impossível, tamanha a secura desta parte do planalto. Bem pensaram seus fundadores ao criarem o Lago Paranoá em volta de todo o Plano Piloto.
Ontem no finalzinho da tarde fizemos uma pequena caminhada. Registramos em fotos como a seca transformou a vida de nossa cidade. Vimos a resistência das flores do ipê-amarelo a sobressaírem por entre o cinza da paisagem morta. Não por acaso ele é o símbolo do Brasil. É tão resistente quanto nós, brasileiros; mais adiante é uma mini moita de relva que insiste em brotar e florir; alguns passos depois a beleza da flor ave-do-paraíso nos encanta. Elas não estão nem aí para o clima seco do cerrado.
Água, água! Por favor chuva boa, venha logo. Como precisamos de ti!
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O ipê-amarelo sobressai entre a paisagem seca |
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Céu cinza e árvores à espera de uma chuva que não vem |
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A grama antes toda verde, agora totalmente seca |
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Alguns jardins continuam verdes em contraste com a paisagem seca das quadras |
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Folhas secas por toda Brasília |
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A relva insiste em brotar e florir |
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A flor ave-do-paraíso continua bela; não está nem aí para a grama seca à sua volta |
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