Dias atrás, folheando textos em meu baú de escritos, digo, em meus cadernos antigos, encontrei o poema "Desencontro", que escrevi quando tinha dezesseis ou dezessete anos.
Geralmente os adolescentes são rebeldes, sensíveis e exagerados.
Acho que fui uma adolescente calma. Pelo menos em casa, porque também tive minhas rebeldias: religiosa e social. Sensível? Sempre fui! Exagerada? Vamos ver.
Esses versos foram dedicados a um amor adolescente. Amor mesmo, desses de namoro e tudo.
Tudo, era ficar de mãos dadas... e alguns beijinhos, no escurinho do cinema. Com "vela" e irmão mais velho nos seguindo.
Vamos ao poema:
Desencontro
No sonoro viver triste
as canções
Na angústia do cotidiano
os sonhos
Na busca
a espera
No entrecruzar dos corpos
a dúvida
Mãos que se desentrelaçam
Corpos que se afastam
Almas irmãs no desencontro
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Pois é, devo ter escrito esses versos adolescentes em lá-gri-mas!
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