Lydia, um exemplo de vida
Em tudo que vivenciamos, com sofrimento ou não, há um propósito de e da vida. Mesmo nas horas mais difíceis, em que quase perdemos nossas forças, há um princípio de saber. São partículas minúsculas que ao longo dos dias e dos anos, já gotas, nos gotejam mais conhecimento, mais experiência, mais sabedoria na arte de viver.
Todos nós temos esse conta-gotas. Quase vazio, mais ou menos cheio ou repleto, transbordando.
A diferença de cada conta-gotas está no querer e no viver de cada um de nós; na escolha de vida da pessoa; no caminho que traçamos ou simplesmente seguimos; no roteiro seguido ou não por nosso barco; no olhar ou desviar de nossos olhos; na maneira de captar e de absorver as mensagens que nos chegam nos e-mails que Deus nos envia diariamente através de Seu computador chamado Vida.
O conta-gotas do vivenciar de minha mãe transbordava amor e sabedoria. Amor quando ficava ao lado dos mais fracos, incentivando-os; amor e sabedoria em sempre querer unir as pessoas; amor e sabedoria em não magoar seus entes queridos; amor no anular de si mesma em prol de filhos e netos; amor e sabedoria no viver diário. Poderia contar muitas e muitas histórias exemplificando tudo isso. Um dia, quem sabe...
Ela nunca levantou a mão para nenhum dos filhos. E olha que éramos bem difíceis, principalmente meus dois irmãos mais velhos. Isto de acordo com ela mesma. E também segundo nossas lembranças. Muitas vezes, em reuniões de família, um ou outro se lembra de alguma travessura de criança. Como esta em Pedro Afonso, em um mês de praia:
Uma vez meus dois irmãos, um com cinco anos e o outro com quatro, pegaram uma irmã* de apenas um ano e foram passear na praia do Rio Tocantins. A areia branca e fina "entra" no rio de águas claras e transparentes que, ao caminhar, vai ficando mais fundo. Sem falar nos bancos de areia que afundam ao serem pisados e na correnteza das águas. No início a pequena foi segurada pelas mãozinhas, no meio dos dois. Pouco a pouco, quando estava só com a cabeça de fora, o mais velho a colocou em seus ombros. E seguiram o passeio até seus pés não encontrarem mais o apoio da areia. Acho que só mesmo as inúmeras preces de minha mãe para nos salvar de situações como esta.
Quando as travessuras passavam dos limites, ela ameaçava:
-"Quando seu pai chegar vou contar tudo!"
Mas, escondida, sorria das 'palhaçadas e peraltices' do dia a dia de seus "pimpolhos".
Sempre nos deu muita liberdade e nos deixou ser crianças. Era uma leoa em relação à defesa e ao bem-estar dos filhos. Deixava faltar para ela, nunca para nós. Criou seus filhos com extremo amor.
Obrigada, minha mãe, pelo seu exemplo de vida, pelo seu conta-gotas sempre transbordando amor e carinho aos seus.
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* A irmã pequena era eu mesma...
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